I. IDENTIFICAÇÃO DO
(A) COORDENADOR PEDAGÓGICO:
a) Nome: NONATA RODRIGUES LIMA
b) Formação: GRADUAÇÃO: LICENCIATURA PLENA EM FILOSOFIA E
PÓS-GRADUAÇÃO: ESPECIALIZAÇÃO EM
METODOLOGIA DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO; ESPECIALIZAÇÃO
EM GESTÃO ESCOLAR.
II.
MEMORANDO DAS EXPERIÊNCIAS DE TRABALHO
MINHA HISTÓRIA
DE VIDA PROFISSIONAL
Nonata Rodrigues Lima
Todo
amanhã se cria num ontem, através de um hoje. Temos de saber o que fomos para
saber o que queremos. Paulo Freire
Quando
precisamos descrever a história de nossa vida, inicialmente parece que
será relatada rapidamente em poucas
linhas, mas ao pensar, verificamos que
temos muitas coisas. E de repente nos vem à memoria cada detalhe e
imediatamente mergulhamos nas experiências passadas que parecem que acabaram de acontecer.
Em 1979 terminei o CURSO NORMAL atual 2º grau, em
Pentecoste- Ceará
Em 1980 comecei
trabalhar como professora na Escola particular, Capistrano
de Abreu na 2ª série primária. Tudo era novo, difícil, pois era minha
primeira experiência e peguei uma turma que já haviam passado duas professoras
que não conseguiam dominar. Os alunos eram quase todos
filhos de empresários, netos de deputados, cheios de vontade. Havia um
que era muito inquieto, respondão, mal educado mesmo. A primeira coisa que fiz foi conversar com
ele em particular e o coloquei para me auxiliar nas tarefas, tipo: apagar a
lousa, arrumar as carteiras etc. Tinha outro aluno muito inquieto e percebi que
ele era muito evoluído para a série, chamei a coordenadora, o psicólogo e
fizemos um teste com ele, e foi constatado que era superdotado. A família o
levou para uma escola especial. Pronto. A sala melhorou muito.
Em 1981 Iniciei o 4º Pedagógico no Colégio Agapito dos Santos. dos
Santos e lá, como era uma aluna que se destacava na sala de aula, fui convidada
pelo dono da escola para lecionar na 4ª série no turno da manhã
Em 1982
iniciei meu trabalho na escola pública Estadual Padre Arimatéia Diniz no
Conjunto Ceará.
Fui lotada na 1ª série, logo
pude observar que era diferente da escola particular, a supervisora não
cobrava, não explicava, não dava nenhuma sugestão de plano de aula,
simplesmente olhava o plano e dizia que estava lindo. As colegas diziam que eu
não me preocupasse. Na escola pública é assim. No ano seguinte fui para a 2ª
série, depois para 3ª, depois para a 4ª série.
Em 1985, como havia terminado o 4º Pedagógico passei a ministrar a
disciplina de matemática nas 5ª e 6ª séries hora aula.
Em 1987 ao concluir a faculdade lecionei nas turmas de 7ª e 8ª séries
pelo sistema de TV Tele ensino. Sempre procurei ser uma boa profissional,
cumprindo com minhas obrigações e compromissos.
Em 1992 tornei-me vice-diretora da
Escola Pe. Arimatéia Diniz. Ficando por
4 anos e 6 meses.
.
Em 1994 ingressei na Rede
Municipal de Fortaleza através do concurso público (5º lugar) como Orientadora
de Aprendizagem. Fui lecionei na escola D. Conceição Mourão durante o período
probatório do estágio e mais dois anos. Fiquei
portanto, à disposição da rede
estadual para assumir o cargo de
diretora.
Em 1996 fui diretora adjunta pedagógica
na mesma escola que funcionava nos três turnos, com 1200 alunos
aproximadamente.
Aqui procurei ser mais atenciosa, criteriosa , estudiosa e eficiente,
agora estava sobre minha responsabilidade não só a minha sala de aula, mas
todas. Tinha que elevar os índices de aprovação e diminuir os de evasão, para
garantir a aprendizagem dos alunos. Não foi fácil, mas com a ajuda da diretora
e da supervisora, conseguimos sensibilizar
os professores e os pais, através de reuniões, cobranças e
acompanhamento dos planos de aula em fim atingimos a nossa meta. Foi muito
gratificante.
Em 1998 quando houve o 1º
processo eleitoral me candidatei para
Diretora Geral uma vez que na escola a única professora a ser aprovada dentre
as seis que participaram do processo, fui eu. Mais uma vez Deus colocou nas minhas
mãos esta tarefa maravilhosa ,
que pude com prazer dar continuidade ao trabalho naquela Unidade escolar.
A minha primeira preocupação,
foi por em prática os conhecimentos adquiridos nos estudos que realizei para a
seleção, pois antes, era totalmente leiga nos assuntos administrativos. A
seleção foi de extrema importância para nortear minha caminhada como
gestora. Durante o exercício do mandato
procurei desenvolver junto com os demais membros do núcleo gestor as atividades
necessárias para um bom funcionamento da escola, bem como efetivar ética e
politicamente as diretrizes pedagógicas traçadas pela atual política
educacional cearense. Colocamos as prestações de contas da escola em dia;
fizemos eleição do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil; efetivamos a lotação
dos professores para garantia de uma melhor dinâmica escolar. Mediante os
recursos financeiros vindos para a escola foi possível melhorar o trabalho
pedagógico, pois foi feito uma sondagem junto ao Conselho Escolar sobre as
prioridades da escola. Procuramos comprar o que era básico e necessário para um
melhor desempenho do corpo docente e discente. Formamos a comissão de licitação
e fizemos todas as licitações necessárias de consumo, merenda e serviços de
acordo com as leis das finanças públicas. Elaboramos o PDE, PPP e o RE da
escola. Implementamos o Projeto Escola
Viva com oficinas de músicas, violão e flauta, Jogos de xadrez, informática,
esporte e dança-forró e capoeira.
Em 2002 fui reeleita no 1º turno,
ficando até o final do mandato. Não me candidatei novamente devido as
diretrizes da SEDUC que não permitem três mandatos na mesma escola. Trabalhei
nesta Unidade Escolar durante 23 anos e 8 meses.
Em 2005 fui lotada no CEJA
Adelino Alcântara Filho. (estado, ficando até 2010, onde aguardo
aposentadoria). E no Anexo Cristo Rei, SER V, Em 2006 fui para a escola Edilson
Brasil Soares, Em 2010 Fiquei a disposição do Fórum Clóves Beviláqua
como jurada. Em 2011 fui
trabalhar em outro anexo Cristo Rei Reg 3. Um orfanato-escola onde tem crianças
imperativas, revoltadas, indisciplinadas e carentes. Ao final do ano letivo ou
seja em Março de 2011 o anexo foi desativado e fui transferida para a Escola
Monsenhor Linhares. Em agosto de 2012 assumi a direção da Escola Prof. José
Sobreira de Amorim até junho de 2013. Atualmente estou lotada na Escola Joaquim
Nogueira.
Finalizando este relato,
gostaria de dizer, que no momento me sinto colhendo os frutos que plantei. O
que busco agora é justamente o espaço para poder atuar e desenvolver um
trabalho pedagógico de qualidade concorrendo a vaga de Coordenador pedagógico
da escola pública a qual me candidatei, pois continuo acreditando que a
educação de qualidade é uma busca constante das instituições de ensino. Para
que isso não seja apenas uma simples fantasia, creio que juntamente com a
direção e todos que fazem a escola podemos num clima de harmonia, democracia e
trabalho em equipe, priorizar a formação docente e discente, bem como elevar o
ensino aprendizagem que é a ação mais importante da educação.
III. PLANO DE TRABALHO
OBJETIVOS DA GESTÃO PEDAGÓGICA
Promover no ambiente escolar, momentos
que possibilitem aos professores avaliar e repensar suas práticas, almejando
assim, o sucesso com qualidade do
processo ensino aprendizagem.
Coordenar a construção coletiva e a
efetivação da proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a
partir das políticas educacionais da SME e das
Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental;
Participar da elaboração de
projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino,
que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho
pedagógico escolar;
Acompanhar e avaliar o processo de ensino e de
aprendizagem e contribuir positivamente para a busca de soluções para os
problemas de aprendizagens identificados, melhorando assim os índices de proficiência
e padrão de desempenho no SPAECE e no
IDEB;
METODOLOGIA
O método
de trabalho é simples, dinâmico, democrático, cooperador e de acordo com
as necessidades apresentadas colaborando com os professores na procura de meios
e fins para melhorar a aprendizagem e formando um trinômio indispensável:
professo-aluno-coordenador. E procurando a filosofia educacional como forma de
organização para atingir os objetivos e procurando obter adesão e colaboraçao
de todos, para desenvolver um melhor trabalho em equipe.
AÇÕES E METAS
1- Dar continuidade e acompanhar
aos trabalhos já iniciados na Unidade Escolar exemplo: Mais Educação,
PAIC, PNAIC etc.
2- Executar o trabalho de
coordenação sempre em conexão com a direção da escola;
3-Atualizar o PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
da escola, responsabilizar-se pela divulgação e execução do mesmo de forma participativa e cooperativa;
4-Mostrar, juntamente com a direção, aos professores e alunos, pais e funcionários
o REGIMENTO DA ESCOLA e juntos elaborarmos um CÓDIGO DE CONVIVÊNCIA para
melhorar as relações dentro da escola.
5- Diminuição dos índices de evasão escolar;
6- Aumento nos índices de promoção escolar com qualidade;
7-
Organizar antecipadamente as reuniões
pedagógicas, que constituirá em prática eficiente; formando grupos de
estudos de temas que representem as necessidades ou dificuldades que o grupo
apresentar, garantindo o planejamento das atividades de sala de aula para a
semana. Neste momento, é fundamental a troca de experiências através de relatos
onde destacarão os pontos positivos e dificuldades de suas práticas;
8- organizar as horas-atividades
1/3, dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que
esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
9- acompanhar as atividades
desenvolvidas nos Laboratórios de
Informática e na Biblioteca, bem como as aulas de educação física;
10- Manter contato constante com as
classes e alunos em dificuldade, transmitindo-lhes orientações para melhorar o
estudo;
11- Incentivar e promover condições
para a elaboração de projetos de alfabetização, leitura, saúde e higiene,
educação no trânsito, drogas, direitos humanos, informática e outros mais que
se fizerem necessários;
12-Avaliar as práticas já
planejadas, discutindo com os envolvidos e sugerindo inovações;
13-Acompanhar o desempenho
acadêmico dos alunos, através de registros, orientando os docentes para a
criação de propostas diferenciadas e direcionadas aos que tiverem desempenho
insuficiente;
14-Estabelecer metas a serem
atingidas SPAECE / IDEB no decorrer do
ano e dos bimestres ou semestres , isto sempre consultando os professores dos
respectivos anos;
15-Visitar as salas de aulas para verificar as necessidades de cada educador;
16- promover reuniões bimestrais e
extraordinárias com os pais e educadores, para apresentar trabalho e
rendimentos dos alunos.
17- Promover o dia da família na
escola; e articular momentos com a família e com a comunidade através de
palestras de sensibilização, datas comemorativas e outro eventos culturais;
18- Acompanhar a frequência escolar dos alunos, principalmente os que têm
BOLSA FAMÍLIA, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes,
quando necessário;
19- Acionar serviços de proteção à
criança e ao adolescente, sempre que
houver
Necessidade de encaminhamentos;
20- Orientar e acompanhar o
desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos
aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de
inclusão na escola;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O alcance dos objetivos deste plano, a melhoria do processo
ensino-aprendizagem e o progresso dos alunos não dependem somente da atuação do
coordenador, mas também da colaboração da direção da escola, do comprometimento
e aceitação dos professores, do
desempenho dos demais funcionários , do interesse do educando e ainda , do
compromisso dos responsáveis pelos alunos desta escola.
Portanto o Coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se
apresenta a sua volta, valorizando e tendo um bom relacionamento com os
profissionais, pois a questão relacionamento entre coordenador e professor é
essencial para se obter bom resultado.
Cabe também ao coordenador refletir sobre sua prática constantemente para
superar os obstáculos e criar estratégias bem formuladas para desenvolver com
qualidade e o processo
ensino-aprendizagem.
Fortaleza, 07 de janeiro de 2014.
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NONATA RODRIGUES LIMA