sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Jovens e Adultos no mundo do Trabalho

Educação de Jovens e Adultos e o Mundo do Trabalho
                                
A Educação de jovens e Adultos no Brasil  tem como meta  erradicar o analfabetismo e proporcionar à população de faixa etária não adequada ao ensino fundamental e médio, a complementação de sua formação escolar.
A meta do governo em suas cartilhas é  promover entre os sujeitos da EJA o aprendizado para a formação escolar bem como a  formação de sujeitos críticos para lidar com as exigências do mundo em transformação. Mas na prática esses alunos estão nas salas de aula é em busca de uma certificação básica, para estarem mais aptos ao mundo do trabalho. Muitas vezes é porque o patrão falou que só quem trabalha aqui é quem tiver ensino médio. Lembro bem de um aluno do CEJA que  trabalhei, que tirou o Certificado do ensino médio no mês que tirou férias. Exatamente para não perder o emprego.
Sabemos que um dos percussores do ensino consciente de educação de jovens e adultos no Brasil foi Paulo Freire. Trabalhou a proposta de instrumentalizar o adulto a partir dele próprio, ou seja,  um sujeito que aprendesse a partir de suas condições de vida e de seu ambiente se tornando assim ,critico de sua realidade para poder transformar o social.
Mas atualmente, é notório que o público adulto está inserido ou tentando se inserir no processo profissional. Noutras palavras, tentando garantir o emprego ou buscando alguma forma de trabalho que possibilite antes de tudo, a própria sobrevivência. Eles voltam a sala de aula objetivando uma formação escolar que lhes possibilite um posicionamento mais qualificado no tocante a empregabilidade e salário. Mas é preciso que a grade curricular da EJA se adéque a este propósito. Principalmente no tocante a tecnologia informática, pois essa trouxe mudanças para a economia capitalista: a de transformar o globo terrestre em um imenso mercado mundial. E os  alunos da EJA quase não têm acesso.
A modalidade da EJA no formato ministrado que aí se encontra, ainda não é adequado  para ter acesso ao ensino superior, e não proporciona melhoria intelectual e técnica ou qualificação para conduzir o estudante ao mercado de trabalho de forma digna.
Acredito que o ponto principal seria o aumento de verbas para essa modalidade de ensino para que se possa investir em treinamento de professores, instalações específicas e mais adequadas para esse público e uma reforma na grade curricular com a introdução mais acentuada de estudos sobre sistemas de informação e informática se faz necessárias.  

                     Nonata Rodrigues Lima             28/072014

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